- Nº 1781 (2008/01/17)

Repressão na <em>Lusosider</em>

Trabalhadores

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul solicitou a intervenção do ministro do Trabalho e dos Grupos Parlamentares porque a Lusosider, ex-Siderurgia Nacional, está a «fechar equipamentos e a proceder a mais despedimentos», acusa a Comissão Sindical, numa nota à imprensa.
O coordenador do sindicato, Américo Flor, confirmou ao Avante! que «há muita pressão sobre alguns trabalhadores efectivos para rescindirem o contrato». Ameaçados de despedimento estão também os contratados até Março, com quem «a administração não quer renovar», e os contratados à tarefa, que «estão a receber cartas de despedimento».
Na nota divulgada pela Comissão Sindical, a administração é acusada de «recorrer a mecanismos de tortura psicológica, nomeadamente a perseguição profissional, salarial e sindical, a ameaça de despedimento individual e muitas outras». O sindicato elogia os que, «com elevado sacrifício pessoal, familiar e salarial, resistiram a todas as pressões e chantagem», contribuindo para o reconhecimento de que «só resistindo e lutando se conseguem alcançar melhores condições de vida e de trabalho».
O sindicato propõe aumentos salariais, no mínimo de 50 euros, o fim das discriminações remuneratórias, o pagamento dos prémios retirados a quem aderiu à greve geral, a valorização do subsídio de refeição em 10 euros e a reposição dos horários de trabalho.